ABELHA RAINHA
A rainha é personagem central e mais importante da colméia. Afinal, é dela que depende a harmonia dos trabalhos da colméia, bem como a reprodução da espécie.
A rainha é quase duas vezes maior do que as operárias e sua única função do ponto de vista biológico, é a postura de ovos, já ela é a única abelha feminina com capacidade de reprodução
A rainha consegue manter este estado de harmonia segregando uma substancia especial, denominada ferormônio, a partir de suas glândulas mandibulares, que é distribuída a todas as abelhas da colméia. Esta substância, além de informar a colônia da presença e atividade da rainha na colméia, impede o desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos das operárias, impossibilitando-as, assim de se reproduzirem. É por esta razão que uma colônia tem sempre uma única rainha. Caso apareça outra rainha na colméia ambas lutarão até que uma delas morra.
A rainha nasce de um ovo fecundado, e é criada numa célula especial, diferente dos alvéolos hexagonais que formam os favos. Ela é criada numa cápsula denominada realeira, na qual é alimentada pelas operárias com a geléia real, produto riquíssimo em proteínas, vitaminas e hormônios sexuais. A geléia real é o único e exclusivo alimento da abelha rainha, durante toda sua vida.
A abelha rainha leva de 15 a 16 dias para nascer e, a partir de então, é acompanhada por um verdadeiro séqüito de operárias, encarregadas de garantir sua alimentação e seu bem-estar. Após o quinto dia de vida, a rainha começa a fazer vôos de reconhecimento em torno da colméia. E a partir do nono dia, ela já esta preparada para realizar o seu vôo nupcial, quando, então, será fecundada pelos zangões. A rainha escolhe dias quentes e ensolarados, sem ventos fortes, para realizar vôo nupcial.
Para atrair os zangões de todas as colméias próximas, a rainha libera em pleno vôo, um ferormônio sexual que é captado pelos machos a quilômetros de distância, e como voa em alta velocidade e grandes altitudes, a maioria dos zangões não consegue acompanha-la. Assim, ela faz uma seleção natural, pois somente os machos mais fortes e rápidos conseguem segui-la.
Quando finalmente os zangões conseguem alcança-la, há o momento da cópula nupcial, onde a rainha prende o testículo do zangão, que morre gloriosamente após fecunda-la... E aí esta o grande segredo da rainha, pois ela recebe milhões de espermatozóides do zangão que ficarão em um reservatório de sêmen de seu organismo, chamado espermateca. Nesta fase a rainha fica na condição de hermafrodita (fêmea e macho ao mesmo tempo) fecundada para o resto de sua vida. Ela poderá, excepcionalmente, nesta época de fecundação, realizar outros vôos nupciais, caso a sua espermateca não esteja completamente lotada.
O Vôo nupcial que a rainha faz é o único em sua vida. Ela jamais sairá novamente da colméia, a não ser para acompanhar uma enxameação, isto é, parte de um enxame que abandona uma colméia, para formar uma nova colônia.
Ao retornar à colméia, a rainha passa a ser tratada com atenção especial por parte das operárias, que a alimentam com geléia real, limpam seus excrementos, cuidam de sua higiene. Assim, ela sua única preocupação e a postura de ovos, para nascerem mais abelhas. Em condições favoráveis de clima e alimento (Florada), uma rainha pode botar cerca de três mil ovos por dia.
Caso a rainha morra ou seja removida da colméia, toda a colônia imediatamente perceberá sua ausência, justamente pela interrupção da produção do ferormônio que induz as abelhas ao trabalho e que informa da presença da rainha na colméia.
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